- Título: Assassinato no Expresso
do Oriente
- Título original: Murder on the Orient Express
- Autora: Agatha Christie
- Gênero: Romance Policial
- Ano de lançamento: 1934
- Autora: Agatha Christie
- Gênero: Romance Policial
- Ano de lançamento: 1934
- Sinopse: "Pouco depois da meia-noite, uma
tempestade de neve pára o Expresso do Oriente nos trilhos. O luxuoso trem está
surpreendentemente cheio para essa época do ano. Mas, na manhã seguinte, há um
passageiro a menos. Um americano é encontrado morto em sua cabina, com doze
facadas, e a porta estava trancada por dentro. Pistas falsas são colocadas no
caminho de Hercule Poirot para tentar mantê-lo fora de cena, mas, num dramático
desenlace, ele apresenta não uma, mas duas soluções para o crime."
Um excelente thriller policial.
Agatha Christie com certeza faz jus ao título de “Rainha do Crime” que lhe foi
conferido, como pode ser visto nesse livro envolvente e genial.
A estória começa com o detetive Hercule Poirot, que
acabara de resolver um caso na Síria e agora precisava retornar para casa a
bordo do Expresso do Oriente. A princípio Poirot enfrenta alguns problemas,
sendo o principal deles a falta de quartos disponíveis, visto que naquele dia o
Expresso está com uma quantidade de passageiros particularmente grande para
aquela época do ano, um fato não muito comum. Após um dos passageiros não
comparecer, o detetive enfim embarca e o trem parte.
A viagem seria rápida e transcorreu tranquila
durante o primeiro dia, porém no segundo a calmaria foi quebrada. O trem foi
obrigado a parar devido a uma tempestade de neve, e no dia seguinte Poirot
descobre que um dos funcionários do trem foi assassinado. A partir daí se
inicia uma intensa investigação sobre o crime, que se mostra bastante complexo
e, em dados momentos, aparenta ser impossível de ser solucionado. Pistas
falsas, mentiras, mistérios, tudo vai de encontro ao detetive visando
confundi-lo e atrapalhar a investigação.
Agatha Christie consegue confundir o leitor de modo
que a cada capítulo a opinião dele sobre quem é o criminoso mude e, caso isso
não aconteça, suas convicções serão no mínimo abaladas graças às reviravoltas
drásticas que acontecem.
Um destaque a meu ver foi o fato de ele não sair
atrás de pistas como pegadas, impressões digitais ou afins. Como ele mesmo
disse em dado ponto do livro, “os criminosos de hoje não cometem mais esse tipo
de erro”, e por isso praticamente toda a investigação de Poirot se baseia no
depoimento daqueles que estavam a bordo do Expresso na noite do assassinato.
Um ponto que achei falho, mas que não tem qualquer
relação com a autora, é em relação à tradução. Ao longo do texto são feitas
diversas citações em francês, que poderiam ter sido traduzidas. Sei que na
versão inglesa original tais citações também estavam em francês, porém acredito
que traduzi-las seria o mais acertado mesmo.
No mais, achei o final excelente, digno da trama
apresentada. Já adianto que é necessário prestar muita atenção nos últimos
capítulos, visto que a solução do caso é explicada tão detalhadamente que pode
até mesmo confundir o leitor. E com certeza vai surpreendê-lo.
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