O fenômeno de apoio à causas de gênero como estratégia de marketing para crescimento do capital empresarial em meio a crise
Não é de hoje que tenho observado o quanto o apoio à causas de gênero tem crescido, o que é ótimo. Inúmeras empresas se pondo no papel de apoiadoras da causa, com post's e palavras de apoio, respeito. Difundir a causa é essencial, mostrar o quão importante é a aceitação e o respeito por algo simples. Todavia, o apoio torna-se curioso quando vem aninhado com o único desejo de vender a marca, marketing.
"Não dê o peixe, venda-o, e para isso, diga que ele gosta de gay".
Depois do caso do boicote ao Boticário, que lançou no universo do marketing uma nova tendência para estratégias de venda, o crescimento e procura por profissionais da área de publicidade e e-marketing que apoiem a causa e tenham bom humor, disparou consideravelmente. Na verdade, nem precisa apoiar a causa. Talvez as empresas pudessem ter feito isso antes, observando que grande parte do seu público consumidor vem desse "segmento". Daí, há certa ironia. Talvez a empresa nem apoie a causa, de fato. E não ache que seja pessimismo ou desconhecimento de causa, não há uma lei máxima que defina caráter aqui. A função do publicitário é única e exclusivamente de fazer seu produto lucrar, e por conseguinte, movimentar o mercado, o capital da empresa. Seria engraçado dizer que o aumento da venda de perfumes transformou a concepção social no que tange o movimento LGBT, que brandou arduamente até conseguir o mínimo direito de expor, em mínimos casos, sua opinião e afeição.
Há público, as pessoas querem força, união, e lutam por isso todos os dias. A "fama" das marcas em meio ao mercado e os consumidores ajuda bastante a difundir a causa, mas e quando tudo isso é apenas para ganhar dinheiro? Deixa de ser efetivo? Não! A causa ganha notoriedade, a empresa aumenta as vendas, mas não é como se as pessoas que comem a bolacha ou usam o perfume vão mudar suas concepções. Portanto, o aumento do consumo é por parte das próprias pessoas que compactuam com o pensamento. É efetivo? Já não sei dizer (para a causa ou para a empresa?). Talvez em meio à luta pelo apoio a causa, as pessoas precisem se alimentar e usarem perfume para não ficarem com o maldito "CC".
(Trata-se de um breve resumo de algo que pretendo aprofundar num artigo)
O fenômeno de apoio à causas de gênero como estratégia de marketing para crescimento do capital empresarial em meio a crise
Reviewed by pedro paulo
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9/26/2015
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